Horário : Seg - Sab: 08:00 - 18:00

12 de março de 2025

A falta de inteligência emocional nas empresas: 5 pilares para enfrentar essa dor

Daniela Theodoro - Consultora e Palestrante

@danielatheodorotreinamentos

 

Você já deve ter ouvido ou lido a famosa frase de Peter Drucker, que diz: “As pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos.”

Longe de ser apenas uma competência comportamental desejável, a Inteligência Emocional se tornou uma estratégia essencial para lidar com os desafios do ambiente de trabalho moderno, promovendo um clima organizacional saudável, resultados excelentes e lideranças inspiradoras.

Daniel Goleman, um dos principais estudiosos do tema, define a Inteligência Emocional (IE) como a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, bem como as emoções dos outros. E isso envolve cinco pilares fundamentais: autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais.

A Autoconsciência é a capacidade de você reconhecer e compreender as próprias emoções, identificando como elas influenciam pensamentos e comportamentos. Pessoas autoconscientes conseguem avaliar suas forças, fraquezas e gatilhos emocionais. Por exemplo: você percebe que está estressado antes de uma reunião importante e, em vez de descontar a tensão nos colegas, reconhece seu estado emocional e faz uma pausa para respirar fundo. Essa atitude evita reações impulsivas e melhora a comunicação com a equipe.

A Autorregulação se refere à sua habilidade de controlar impulsos emocionais e comportamentos, mantendo a calma em situações de estresse e evitando reações precipitadas. O que você faz quando recebe uma crítica negativa sobre um projeto? Em vez de reagir defensivamente ou discutir com o colega, respire fundo, processa a informação e responda a essa pessoa de forma construtiva, pedindo-lhe sugestões para melhorar seu trabalho.

A Motivação é a capacidade de manter-se focado e comprometido com objetivos de longo prazo, mesmo diante de desafios. Se você está motivado, tem iniciativa e entusiasmo, indo além do mínimo exigido. Um exemplo seria quando não atinge sua meta mensal, você não desanima. Em vez disso, analisa o que pode melhorar, busca novas estratégias e se mantém engajado para superar o desafio no mês seguinte.

A Empatia é a habilidade de entender e considerar os sentimentos dos outros, colocando-se no lugar do outro e respondendo a ele de maneira apropriada.
Se você é líder e percebe seu colaborador com um comportamento mais retraído do que o normal, em vez de simplesmente cobrar dele produtividade, pergunta-lhe se algo está acontecendo e oferece-lhe apoio, demonstrando compreensão e criando um ambiente mais acolhedor.

Já as Habilidades Sociais são as competências para interagir bem com os outros, construir relacionamentos positivos e gerenciar conflitos de forma eficaz.
Durante um desentendimento entre colegas, qual é o seu comportamento? Se você é um profissional com boas habilidades sociais, atuará como mediador, ouvindo os dois lados e ajudando a encontrar uma solução equilibrada, sem gerar ressentimentos.

Logo, para sobreviver em um mundo repleto de grandes desafios internos e externos, investir em Inteligência Emocional é uma estratégia eficaz para melhorar o clima organizacional, fortalecer a produtividade, a inovação, além, é claro,  de criar um ambiente de trabalho mais saudável, motivador e propício ao crescimento de todos.